Os idosos estão cada vez mais ativos, participando de atividades comuns do dia a dia da vida adulta como a prática de exercícios e de esportes, e em consequência muitos se perguntam se podem usar suplementos, como a creatina.
Afinal, idoso pode tomar creatina? Sim, com acompanhamento médico adequado, mas a pergunta principal é esse idoso precisa ou deve fazer uso desse suplemento? Entenda mais sobre a creatina, quando usa-lá e seus benefícios.
O que é creatina?
Em termos simples, a creatina é uma substância naturalmente produzida pelo nosso corpo, a partir de aminoácidos (especificamente a arginina, glicina e metionina).
Ela também é obtida por alimentação, principalmente pelo consumo de carnes vermelhas e frutos do mar.
Como suplemento, é geralmente usada para dar energia para quem busca hipertrofia, que é o aumento do volume e tamanho dos músculos. Atualmente é o suplemento mais estudado do mundo.
Quem não pode tomar creatina?
Pessoas com doenças renais pré-existentes
A creatina é metabolizada e eliminada pelos rins. Em indivíduos saudáveis, o consumo nas doses recomendadas não causa dano renal.
No entanto, se você já possui um diagnóstico de doença renal crônica, insuficiência renal ou síndrome nefrótica, a história é diferente.
Nesses casos, a função renal já está comprometida, e a suplementação com creatina pode representar uma carga extra de trabalho para os rins, agravando potencialmente a condição.
Crianças e adolescentes
O corpo em desenvolvimento de crianças e adolescentes está em fase de maturação, incluindo os rins e o sistema endócrino. A suplementação esportiva nessa faixa etária é um tema sensível.
A menos que exista uma indicação médica específica (como para o tratamento de certas doenças neuromusculares), a suplementação com creatina não é recomendada.
A ênfase para jovens atletas deve estar em uma alimentação balanceada, hidratação e treinamento adequado à idade.
Quem toma medicamentos com ação renal
Alguns medicamentos são nefrotóxicos, ou seja, podem causar danos aos rins como efeito colateral.
Se você faz uso contínuo de anti-inflamatórios não esteroides (como Ibuprofeno e Diclofenaco), diuréticos ou certos antibióticos, a combinação com a creatina pode, em teoria, potencializar o estresse renal.
Quais são os principais benefícios da creatina?
Antes de listar é preciso alertar a creatina só é benéfica para quem treina regularmente e mantêm uma alimentação equilibrada.
Ao contrário do senso comum, a quem não pratica atividades físicas o suplemento não possui efeito que justifique o uso.
Para quem usa alinhando a treinos e alimentação balanceada os benefícios da creatina vão muito além de “aumentar a força”. Estudos científicos comprovam seus efeitos em diversas áreas:
- Aumento da força e da potência muscular: é o benefício mais conhecido, quem usa consegue levantar mais peso e realizar movimentos mais explosivos;
- Ganho de massa muscular (hidratação e síntese proteica): a creatina promove a retenção de água nas células musculares, criando um ambiente mais anabólico. Isso, somado à capacidade de treinar com mais intensidade, estimula a síntese de proteínas e o crescimento muscular;
- Melhora na recuperação pós-treino: ao reduzir o dano muscular e a inflamação, a creatina ajuda na recuperação, permitindo que quem usa treine com qualidade novamente em menos tempo;
- Melhora da performance em exercícios de alta intensidade: a creatina é uma aliada para qualquer atividade que exija picos de esforço.
Há ainda pesquisas emergentes que indicam que a creatina pode melhorar a função cerebral, devido ao seu papel no fornecimento de energia para o cérebro, porém ainda faltam dados substanciais para essas comprovações.
Afinal, é indicado o uso de creatina para idosos?
Para idosos que praticam exercícios físicos, alimentam-se de forma equilibrada, e são acompanhados por profissionais da saúde, o uso da creatina é indicado desde que não se encaixem nos grupos que não podem recorrer ao medicamento.
Para mais informações sobre saúde na terceira idade continue acompanhando nosso blog.



