A terceira idade não deve ser considerada e nem vivida como sinônimo de ranzinzice ou sedentarismo, mas sim de saúde e alegrias, pois a felicidade não tem prazo de validade e quanto mais o tempo passa, mais se percebe o quanto valeu a pena os anos vividos e as experiências vívidas na memória.
O idoso merece e necessita atenção e cuidados especiais pela fase de vida em que se encontra. Após uma existência de trabalho, dedicação ao cuidado de filhos, sobrinhos, entre muitas venturas e desventuras experienciadas, encontra agora o esgotamento das forças físicas e, na grande maioria das vezes, também o esgotamento de possibilidades de realização profissional e social.
O envelhecimento impõe a necessidade de saber lidar com as perdas. Do ponto de vista físico, vem a perda progressiva da saúde, da musculatura, da memória, da audição e visão, e das melhores condições de navegabilidade em um corpo que vai inspirando cada vez mais cuidados
No âmbito social, os efeitos do envelhecimento são múltiplos. Aposentados perdem o contato com os colegas de trabalho. Amigos de muitos anos ou se afastam ou vão desencarnando e a experiência da solidão – muito comum nesta fase da vida – requer atenção das pessoas próximas e algum movimento no sentido contrário, evitando-se o isolamento.
Cuidar e conviver com o idoso é mais uma manifestação da bondade Divina, ensejando-nos construir a ventura de nossos dias vindouros através da prática da caridade e do amor ao próximo, conforme nos exorta o Mestre Jesus e nos acrescenta o mestre lionês Allan Kardec, afirmando que Fora da caridade não há salvação.